ESTRÉIA: COLUNA "A GATA MI-AUAU
.
O blog está crescendo a cada dia e isso é uma coisa muito boa. Apresento aqui, outra colunista que vai escrever para os nossos seguidores e visitantes, com crônicas em torno do mundo dos animais.
.
Desejo a todos que leiam e faça parte desse universo mais novo do movimento: Os colunistas do movimento. Aproveitem!!!
.
.
Animais abandonados ou perdidos sofrem com a solidão
A demolição das barracas de praia da orla descortinou não só a paisagem, como também um problema que poucos conhecem: a quantidade de cães que ali habitavam, que ficaram sem lar, perdidos, desprotegidos da chuva, sem comida, sem eira nem beira. O problema dos animais abandonados em Salvador está cada vez mais à vista.
Recentemente tenho observado, em especial na área de Itapuã, diversos animais cuidados e com coleira, zanzando de um lado para outro. Abandonados ou perdidos, a verdade é que o número desses animais está crescendo a olhos nu. Triste de ver!
Os cãezinhos andam com o nariz, como em busca do cheiro de seu dono. Vão para um lado, voltam, não sabem o que fazer. Acostumados ao lar quentinho, comida na hora certa, esses animais, quando nas ruas, ficam totalmente sem saber o que fazer. Dói ver seu olhar triste...
Se foi abandono, fico pensando como um ser “humano” tem coragem de tamanho ato de desumanidade! Se estão perdidos, fico pensando também na dor de quem está sem saber do paradeiro de seu parceiro animal!
Certa feita, o meu gato mais velho, o Juninho, se aproveitou da distração de meu marido e ganhou o quintal do prédio onde moro. Meu desespero ao saber que ele tinha fugido foi tão grande que até minhas pernas faltaram. Só consegui sentar no computador e fazer um cartaz com sua foto. Ficava imaginando o meu gatinho com medo, com fome, com frio.
Seu sumiço foi sentido por volta das 17 horas. Depois de rodar toads as ruas na redondeza, já por volta das 21 horas, uma vizinha que mora numa casa ao lado do prédio, me berrou. Meu coração disparou e, ao chegar na sala dela, olha quem estava debaixo da mesa, parecendo um susto em pessoa? Juninho, o fujão! Ele soltou um miado – e senti que foi de satisfação – ao me ver. Eu o agarrei nos braços e fomos para casa. Nunca mais tirei o olho dele quando a porta lá de casa se abre. A dor da perda é dura demais. Quem tem coração, a sente muito forte.
Juninho é um gato grande, amarelo e branco, que surgiu em nossas vidas numa noite chuvosa. Da varanda, vimos um vizinho enxotar com o pé um bichinho pequeno e, na mesma hora percebemos ser um filhote de gato. Meu marido desceu correndo e o trouxe para casa. O rapazinho estava todo estrupiado, apesar dos seus poucos mais de um mês de idade. Orelha arranhada, nariz ferido, sarna, muita sarna. Enxugamos o gatinho, passamos Rifocina spray em seus ferimentos e o alimentamos. Dia seguinte o levamos ao veterinário e cuidamos de sua sarna, demos vermífugo e vacina. Aos poucos foi se tornando um rapaz lindo e charmoso. Como, depois de tanto cuidado e dedicação, ter coragem de largá-lo na rua???
Acompanhei recentemente o desespero da fuga de Scooby, um pastor de cinco anos cujos donos estavam loucos atrás de seu paradeiro. Foi encontrado em Stella Mares, magro, porém com vida. Final Feliz! Imagino a satisfação do reencontro. De ambas as partes. Os animais, como os humanos com coração, sofrem a separação. E a solidão e dor da perda um do outro.
Ana Lucia Andrade
Jornalista e ativista da causa animal
analoroza@yahoo.com.br
A demolição das barracas de praia da orla descortinou não só a paisagem, como também um problema que poucos conhecem: a quantidade de cães que ali habitavam, que ficaram sem lar, perdidos, desprotegidos da chuva, sem comida, sem eira nem beira. O problema dos animais abandonados em Salvador está cada vez mais à vista.
Recentemente tenho observado, em especial na área de Itapuã, diversos animais cuidados e com coleira, zanzando de um lado para outro. Abandonados ou perdidos, a verdade é que o número desses animais está crescendo a olhos nu. Triste de ver!
Os cãezinhos andam com o nariz, como em busca do cheiro de seu dono. Vão para um lado, voltam, não sabem o que fazer. Acostumados ao lar quentinho, comida na hora certa, esses animais, quando nas ruas, ficam totalmente sem saber o que fazer. Dói ver seu olhar triste...
Se foi abandono, fico pensando como um ser “humano” tem coragem de tamanho ato de desumanidade! Se estão perdidos, fico pensando também na dor de quem está sem saber do paradeiro de seu parceiro animal!
Certa feita, o meu gato mais velho, o Juninho, se aproveitou da distração de meu marido e ganhou o quintal do prédio onde moro. Meu desespero ao saber que ele tinha fugido foi tão grande que até minhas pernas faltaram. Só consegui sentar no computador e fazer um cartaz com sua foto. Ficava imaginando o meu gatinho com medo, com fome, com frio.
Seu sumiço foi sentido por volta das 17 horas. Depois de rodar toads as ruas na redondeza, já por volta das 21 horas, uma vizinha que mora numa casa ao lado do prédio, me berrou. Meu coração disparou e, ao chegar na sala dela, olha quem estava debaixo da mesa, parecendo um susto em pessoa? Juninho, o fujão! Ele soltou um miado – e senti que foi de satisfação – ao me ver. Eu o agarrei nos braços e fomos para casa. Nunca mais tirei o olho dele quando a porta lá de casa se abre. A dor da perda é dura demais. Quem tem coração, a sente muito forte.
Juninho é um gato grande, amarelo e branco, que surgiu em nossas vidas numa noite chuvosa. Da varanda, vimos um vizinho enxotar com o pé um bichinho pequeno e, na mesma hora percebemos ser um filhote de gato. Meu marido desceu correndo e o trouxe para casa. O rapazinho estava todo estrupiado, apesar dos seus poucos mais de um mês de idade. Orelha arranhada, nariz ferido, sarna, muita sarna. Enxugamos o gatinho, passamos Rifocina spray em seus ferimentos e o alimentamos. Dia seguinte o levamos ao veterinário e cuidamos de sua sarna, demos vermífugo e vacina. Aos poucos foi se tornando um rapaz lindo e charmoso. Como, depois de tanto cuidado e dedicação, ter coragem de largá-lo na rua???
Acompanhei recentemente o desespero da fuga de Scooby, um pastor de cinco anos cujos donos estavam loucos atrás de seu paradeiro. Foi encontrado em Stella Mares, magro, porém com vida. Final Feliz! Imagino a satisfação do reencontro. De ambas as partes. Os animais, como os humanos com coração, sofrem a separação. E a solidão e dor da perda um do outro.
Ana Lucia Andrade
Jornalista e ativista da causa animal
analoroza@yahoo.com.br
2 comentários:
lInda couluna! Parabéns! Bjs, Nati
PARABÉNS pela coluna e por seu amor!! Pessoas como vc são motivo para acreditar q o mundo ainda tem jeito!!!
Beijão e muitas felicidades.
Postar um comentário