CRÔNICA EXTRA - MARLEY SUMIU?


 MARLEY SUMIU?

O tempo anda me castigando bastante, ao ponto de não postar, ou melhor, não tratar com atenção, o blog do Movimento, que considero um prestador de utilidade publica muito importante, pois faz “um link” de quem sempre precisa resolver um problema “animal” sem ter muita dor-de-cabeça, como se isso fosse fácil de acontecer: Esse tipo de problema mexe diretamente com o nosso sentimento e isso, às vezes, derruba a gente.

Pois bem, há poucos dias teve uma situação que mereceu ser registrada para exemplificar o papel, dentro do contexto da internet, que desenvolve o Movimento Vamos Adotar um Cão, um caso de um sumiço de cão e a preocupação (inevitável) do seu dono.

Pergunto: Tem um sentimento mais triste e angustiante que uma perda? Seja ela qual for sempre causa na gente um maior transtorno sentimental. Ô coisa que incomoda! Recentemente o canino “Marley” do vizinho simplesmente desapareceu com coleira e tudo, causando no seu dono, o tal sentimento que a tristeza maltrata nosso coração. É quando a saudade começa ter formas terríveis, por conta do pensamento de preocupação... Como passar dos dias a falta de “Marley” é tamanha e por onde se olhe na casa, o espaço é de perder de vista e o silêncio torturante, cadê seu latido?

Interessante é que mesmo na sua falta, devo admitir o contrassenso do meu sentimento aos avessos, pois mesmo sendo um protetor animal, o danado aprontava, ao deixar seus presentes espalhado na nossa porta, junto com xixi e as rosquinhas de ração, ou seja, uma porcaria danada que provocava em mim, o pior dos sentimentos dados a nós humanos: A raiva!  Caramba, isso era todo dia, o mau cheiro e as sujeiras de tudo que é lado, me deixava nervoso e de mãos atadas (pelo cão – não era meu – e seu dono, inquilino), de fazer algo para uma melhor convivência social entre os homens e seus bichos de estimação.

A culpa disso tudo passava longe de “Marley” que apenas fazia suas necessidades fisiológicas, afinal o animal também come e bebe, porém seu dono, não estava nem aí e o cachorro ficou sendo um misto de “cacho-porco”, entende?

Pra dizer a verdade é notório que uma convivência assim, acaba qualquer relação de uma boa vizinhança, e, já estava acontecendo alguns momentos de reclamação familiar, mas o que fazer? Esperar vencer o contrato e não renovar o aluguel? Muito tempo de sofrimento pra meu nariz. 

Sou réu confesso a admitir que seu sumiço fosse providencial (alerto a todos, que não temos nada haver com isso) e serviu de alivio no meio daquele caos fedorento, saia e chegava em casa sem pensar em enfrentar diariamente o bendito mau cheiro canino. Deus teria ouvido minhas preces? Achava que sim...

Passaram uns dias e de repente “Marley” apareceu com coleira e tudo, latindo alegre, como se dissesse: “Fui dá um rolé, mas já voltei!”. Fiquei feliz pelo reencontro dele com o seu dono, já magro de tanta preocupação, mas pro outro lado, começaria tudo novamente... Querida, tá tudo sujo aqui na porta!

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